Um tipo de competição que de uns tempo pra cá, em especial depois da edição dos jogos no Rio de janeiro, vem atraindo bastante o interesse dos brasileiros (antes de 2007 eu não tinha nem noção de o que eram esses tais Pan-Americanos, por exemplo), que hoje têm a curiosidade de assistir, muitos vão até o México comparecer nas arenas e estádios, outros têm o interesse até de participar como atleta e já vão treinando desde já, etc. Tudo isso acaba sendo muito bom para o esporte brasileiro, que aliás, precisa tomar um sacode pra acordar em certos esportes sem incentivo, para que não faça feio daqui a 5 anos, em casa...
Esportes desconhecidos como badminton (tênis com peteca), hóquei na grama (já que não temos neve...), pelota basca (pelo nome parece bocha, mas não é), squash (que apesar do nome, não tem nada a ver com água), softbol (baseball de moça), rúgby (que a maioria das pessoas acha que é futebol americano), caratê (eu pratico e sei como é desconhecido), dentre muitos outros que são estranhos até pra mim, estarão sendo disputados no Pan, e vocês ficarão conhecendo, ou relembrarão, durante esses dias que seguem. Alguns desses esportes, inclusive, que eu me lembro que o Brasil tomou um pipoco no último Pan (nas Olimpíadas então nem se fala), e não é muita gente faz algo para que isso se reverta.
Além desses, tem também os conhecidos, que o Brasil não é aquele espetáculo todo, como basquete (está crescendo- de novo-, mas ainda está meio apagado), esgrima, levantamento de peso, futebol masculino, triatlo e pentatlo, esqui aquático (passatempo, não esporte, de ricos brasileiros aos finais de semana), boliche, e outros mais, que nem compensam ser muito citados aqui, pois, vocês também verão nesse término de outubro.
Mas claro, não crucifiquemos as nossas delegações, lembremo-nos que ainda existem esportes em que nós, brasileiros, ainda mandamos, como vôlei, tanto o de praia como o de quadra, o futebol feminino (rivalizamos com os EUA, mas não deixamos de ser potência), ping-pong (pra mim é assim que se chama, foi assim que eu aprendi), judô, natação e mais alguns esportes de água, ginástica artística, que ainda temos grandes estrelas (ficando velhas, mas temos), dentre outros esportes ainda.
Os esportes são muitos, citei uns par, mas ainda não é nem metade... pra quem não tem o que fazer o dia todo, o que não interessa se é meu caso ou não, é um passatempo e tanto, para ver pela televisão, mais precisamente pelo Grupo Record de Comunicação.
Sim, apenas na Record e sua emissora reserva, a Record News... nem por nenhum canal por assinatura, como os já tradicionais SporTV e ESPN Brasil, que sempre transmitem grandes eventos esportivos.
Mas há alguma coisa de errado nisso? Pelo meu ponto de vista, pelo lado do consumidor, uma catástrofe, pois ele fica dependente de um único estilo de transmissão, com os mesmos narradores, mesmos comentaristas, mesmos ângulos, mesmo tudo, ainda que em canais diferentes (houve conversas com canais fechados, mas não conseguiu-se fechar acordo nenhum). O lado bom, é que se a Record souber administrar bem os horários dos esportes, dá toda a opção de escolha para o telespectador, exibindo dois eventos, um em cada emissora, o que se fosse Globo e Band juntas, por exemplo, talvez não aconteceria. E analisando as grades de programação da Record e da Record News, esta segunda sim honra o que tem nas mãos, fazendo uma transmissão excelente. Já a Record não deslocou praticamente programa nenhum para exibir os jogos, nem os de menor audiência, ou que de longe se nota que é melhor o Pan (Tudo a Ver, por exemplo). Assim sendo, é quase improvável que ele simultaniem a mesma atração.
Porém, por outro lado, ainda tem a postura ética da Record: Diante dessa "palhaçada" que ela está fazendo com o telespectador brasileiro, como ela ainda vai querer falar que a Rede Globo monopoliza isso ou aquilo, como tem costume? A vilã da história, nesse caso, não é a Globo, quem optou por direitos de exclusividade (de todos os eventos de ciclo Olímpico até 2015 - As Olimpíadas de 2016 já não são exclusivas) foi a "adepta da democracia na TV Brasileira". Julgando pelo lado econômico e pessoal da Rede Record, como de qualquer outra emissora que fosse, isso é perfeito. Pagou um pouco mais caro, mas tem todos os patrocinadores só pra ela, toda a audiência só pra ela, mas não queira depois se dar de santa diante a "guerra da audiência" depois.
E não descartemos a transmissão online que também será feita, pelo Portal r7.com, que inclusive, tem já uma página dedicada aos Jogos que desde o começo do ano, está fazendo uma cobertura grandiosa, tanto do evento como da cultura local mexicana (só não fala do Chaves, maior símbolo do México, mas de resto, até de Aztecas eles falam) e exibirá ao vivo o torneio também.
Não sei falar se a transmissão vai ser própria ou simultânea com a TV (ou quem sabe até os 2, enquanto a TV não passa nada, o site passa, e enquanto a TV passa, ele repassa online), mas se fizer jus à cobertura que está dando, não será um mau investimento ficar na frente do PC. Só não sei também se pela internet, a Record detém exclusividade, ou se pelo Portal Oficial dos XVI Juegos Pan-Americanos você, brasileiro, poderá assistir também, pois ele também exibirá tudo "en vivo".
Mas claro, se você estiver aí no México, no seu quarto de hotel e o ingresso na gaveta, ignore tudo isso que estava a dizer sobre a transmissão, e curta seus jogos ao vivo das quadras e estádios (ou pela Televisa), se está no Brasil, fica a dica da TV, se está em qualquer outro país, se informe sobre quem transmitirá, mas o importante é não deixar de torcer pelo Brasil, em busca de medalhas e dos lugares mais altos dos pódiuns!!!
Começa hoje, às 22:00h (de Brasília)!!!