Talvez possa ser meio constrangedor, ou até meio estranho, eu vir até aqui para contar minha história com o Futebol Americano. Sei que minha vida não interessa para ninguém, e acho que tampouco eu gosto de ficar contando-a desse jeito, mas com o início da temporada de 2015 (acabamos de ter a Semana 1 agora a pouco, estamos entrando na 2 hoje, com o primeiro Thursday Night Football da temporada) e pela minha própria memória (não, ainda não estou com alzheimer), resolvi que talvez fosse hora de externar esse episódio.
De fato que sempre mantive um enorme preconceito quanto a esse esporte, quem me conhece sabe muito bem, tanto que até estranham quando descobrem que do dia pra noite, assim sem mais nem menos, comecei a gostar dele. As razões do preconceito eram as mesmos que a maioria das pessoas usam (ainda mais pra mim, que na época já não jogava mais rúgbi, o que já seria ruim ficava ainda pior): esporte exclusivo de americano, Só pancadaria generalizada e sem motivo, um jogo sem regra (e acho que seria tão bom se fosse assim mesmo), bola é esquisita, não era eu que ia ficar "pagando pau" pra gringo, não gostava de Estados Unidos (e não foi um joguinho que mudou isso em mim), dentre outras coisas. Hoje consigo rebater todos esses "argumentos", mas na época, acho que preferia fechar a cabeça para tais conhecimentos.
O esporte me foi apresentado em uma época difícil da minha vida, quem me conhece sabe, pra mim, 2014 foi um ano muito doloroso de passar. Os motivos, que foram vários, não interessam para vocês, leitores, mas as "soluções" sim. De fato que soluções não existem, quando nos vemos num labirinto sem saídas ou placas de direção, o que costumamos fazer? As duas opções mais prováveis, ou seguimos em frente tentando achar a "saída", ou arrumamos uma distração até morrermos. Claramente escolhi a segunda opção!
Mas se engana quem acha que depois disso caí logo de cara no futebol com a mão, não, setembro é um mês do ano muito distante. Antes disso, turbulências (greves) acabaram ditando minha agenda do ano, e devido a isso, pude assistir à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 em Itápolis (minha cidade natal, onde está minha família. A cidade onde fico quando não estou estudando), com o sinal digital da Globo recém instalado na cidade. Era tudo lindo, uma ocupação que te fazia esquecer de todas as preocupações, ainda mais dados episódios das vésperas do evento (novamente, não interessa). Mas Copa do Mundo só dura um mês, e a discrepância de mundo entre esse futebol e o futebol brasileiro nosso de cada dia acabou só piorando minha situação; não havia mais ópio, não havia mais ilusão, o próprio futebol me trazia de volta pro Mundo Real (quem assiste futebol sabe do que eu tô falando).
Bom, Copa do Mundo, junho inteiro, comecinho de julho, depois disso agosto, somado com o que já acontecia desde os primeiros meses do ano (agradeço hoje não lembrar mais sequer o mês), em setembro finalmente fomos apresentados. Por algum motivo do Universo, um amigo de faculdade, fã da bola oval, me mandou uma foto através das mídias sociais de um jogo, se não me lembro errado, Oakland Raiders e Miami Dolphins, sua equipe contra a que viria a ser a minha. Claro, houve resistência, mas no fim acabei cedendo. De alguma forma, não sei se pelos grandes estádios, arenas lotadas e toda a mística e história em torno, que me trouxeram de volta aquela sensação de alivio que Mundial no Brasil proporcionava, ou se a complexidade, com a curiosidade e o gosto de novidade me devolviam algum traço perdido de vida. Essa dúvida ainda me faz não saber direito do que realmente gosto, se do futebol americano, ou da NFL, a liga norte americana, e principal do mundo, do esporte, mas indifere, a partir daí passaram a me vir momentos melhores. Das vezes em que sentava no sofá, com outros amigos, para assistirmos aos jogos, ou apenas deixávamos a TV ligada enquanto fazíamos outras coisas. Da minha vontade de participar das transmissões, tanto na ESPN como no Esporte Interativo, ou da minha briga pessoal para ganhar a viagem para o Super Bowl XLIX - que nunca ganhei.
A vida e a temporada passaram, e no como naturais essas coisas devem ser, em fevereiro já me sentia bem melhor. Não posso dizer que foi o futebol americano, ou a NFL, que seja, que me salvou, com toda certeza não foi isso - e eu nem gostaria que fosse -, mas negar sua importância, acho que seria um tanto quanto injusto. Dizer que sou um especialista, ou que tenho qualquer cacique pra falar do esporte, com certeza seria uma grande mentira, mas o amor, e a gratidão, que tenho por esse jogo, é algo que talvez demore um bom tanto para acabar, isso SE acabar. Mas depois dessa história toda, saí pensando, o que na vida não acaba, afinal?
O esporte me foi apresentado em uma época difícil da minha vida, quem me conhece sabe, pra mim, 2014 foi um ano muito doloroso de passar. Os motivos, que foram vários, não interessam para vocês, leitores, mas as "soluções" sim. De fato que soluções não existem, quando nos vemos num labirinto sem saídas ou placas de direção, o que costumamos fazer? As duas opções mais prováveis, ou seguimos em frente tentando achar a "saída", ou arrumamos uma distração até morrermos. Claramente escolhi a segunda opção!
Mas se engana quem acha que depois disso caí logo de cara no futebol com a mão, não, setembro é um mês do ano muito distante. Antes disso, turbulências (greves) acabaram ditando minha agenda do ano, e devido a isso, pude assistir à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 em Itápolis (minha cidade natal, onde está minha família. A cidade onde fico quando não estou estudando), com o sinal digital da Globo recém instalado na cidade. Era tudo lindo, uma ocupação que te fazia esquecer de todas as preocupações, ainda mais dados episódios das vésperas do evento (novamente, não interessa). Mas Copa do Mundo só dura um mês, e a discrepância de mundo entre esse futebol e o futebol brasileiro nosso de cada dia acabou só piorando minha situação; não havia mais ópio, não havia mais ilusão, o próprio futebol me trazia de volta pro Mundo Real (quem assiste futebol sabe do que eu tô falando).
Bom, Copa do Mundo, junho inteiro, comecinho de julho, depois disso agosto, somado com o que já acontecia desde os primeiros meses do ano (agradeço hoje não lembrar mais sequer o mês), em setembro finalmente fomos apresentados. Por algum motivo do Universo, um amigo de faculdade, fã da bola oval, me mandou uma foto através das mídias sociais de um jogo, se não me lembro errado, Oakland Raiders e Miami Dolphins, sua equipe contra a que viria a ser a minha. Claro, houve resistência, mas no fim acabei cedendo. De alguma forma, não sei se pelos grandes estádios, arenas lotadas e toda a mística e história em torno, que me trouxeram de volta aquela sensação de alivio que Mundial no Brasil proporcionava, ou se a complexidade, com a curiosidade e o gosto de novidade me devolviam algum traço perdido de vida. Essa dúvida ainda me faz não saber direito do que realmente gosto, se do futebol americano, ou da NFL, a liga norte americana, e principal do mundo, do esporte, mas indifere, a partir daí passaram a me vir momentos melhores. Das vezes em que sentava no sofá, com outros amigos, para assistirmos aos jogos, ou apenas deixávamos a TV ligada enquanto fazíamos outras coisas. Da minha vontade de participar das transmissões, tanto na ESPN como no Esporte Interativo, ou da minha briga pessoal para ganhar a viagem para o Super Bowl XLIX - que nunca ganhei.
A vida e a temporada passaram, e no como naturais essas coisas devem ser, em fevereiro já me sentia bem melhor. Não posso dizer que foi o futebol americano, ou a NFL, que seja, que me salvou, com toda certeza não foi isso - e eu nem gostaria que fosse -, mas negar sua importância, acho que seria um tanto quanto injusto. Dizer que sou um especialista, ou que tenho qualquer cacique pra falar do esporte, com certeza seria uma grande mentira, mas o amor, e a gratidão, que tenho por esse jogo, é algo que talvez demore um bom tanto para acabar, isso SE acabar. Mas depois dessa história toda, saí pensando, o que na vida não acaba, afinal?