Além de serem contra, ainda concordavam com o absurdo de 2010, quando o Excelentíssimo Prefeito de Itápolis, Júlio César Nigro Mazzo, vulgo Mazzinho, resolveu fechar nosso Tiro-de-Guerra e os rapazes tinham de ir prestar o serviço militar em Pirassununga-SP (13º Regimento de Cavalaria Mecanizado, onde inclusive um itapolitano se matou por não aguentar o ritmo do "Exército de verdade"), pelo fato de supostamente, quando tínhamos de servir lá, só iam os voluntários a servir (o que não é necessariamente verdade).
TG-02/016, o Tiro-de-Guerra de Itápolis
Não sou a favor de uma coisa nem de outra, pelo contrário, me oponho duramente a não termos nosso TG e acho que tirar a obrigatoriedade do alistamento também seria a maior bobagem que fariam pro Brasil. Não vou me aprofundar no assunto do fechamento do "Exército de Itápolis", até por que esse é um assunto mais do que encerrado, vou falar sobre a ideia de muitos de tornar opcional o alistamento militar.
Se não obrigarem o brasileiro a se alistar, simplesmente nosso exército vai acabar. No começo do texto eu disse a opinião da maioria dos meninos daqui, e isso não acontece só aqui, tenho certeza. O brasileiro vê o militarismo como um estorvo, uma perca de tempo. Muitas empresas nem contratam jovens na faixa dos 18 anos justamente por ele ser obrigado a se alistar e assim perder algumas horas de serviço. E se empregar, se o Exército pegar, o funcionário fica "amarrado" na empresa um ano, querendo ou não o patrão que isso aconteça.
Última turma de atiradores de Itápolis (2011)
Porém, o serviço militar é, e muito importante para um país, independente de qual seja. Tudo bem, o Brasil não entra em guerra, mas e se entrar? Quem vai nos defender? O Chapolin Colorado? O Exército dos Estados Unidos? Quem tem que nos defender é o nosso Exército. E não querendo ser chato, o Brasil tem tudo - de sobra - pra arrumar uma guerra: Petróleo, água, minérios, um povo totalmente passivo, Amazônia, etc. (nossa salvação é que o Brasil adora satisfazer os outros).
Tá, mas pra guerra ninguém quer ir, não é? Ou é isso, ou é viver com um soldado estrangeiro na rua da sua casa o tempo todo dizendo o que você tem que fazer ou não.
"Tudo bem, vamos lutar pra termos 'liberdade', nós, nossos pais, parentes e amigos. Mas esse um ano que servidos forçado não resolve nada" - É isso que você leitor, deve estar pensando, não? Vamos a um exemplo: Como alguém descobre se gosta ou não de goiabada? Experimentando. Se eu te falar que eu não gosto por algum motivo X, e te der todas as razões do mundo pra não gostar, você engolir e achar gostoso, o fato de eu ser contra a goiabada, de nada adiantou. Mesma coisa é com o serviço militar. Se o cara não tem nada que o impeça de fazer, só a opinião dos outros (que também nunca fizeram), como vamos ter a certeza de que esse homem não vá querer seguir a carreira militar?
Para animar: O Exército Brasileiro é um dos mais bem treinados do mundo, então, em boas mãos o soldado, ou atirador, vai estar.
E depois, mesmo que o Brasil nunca entre em uma guerra, nosso Exército mantém missões de paz em várias partes do mundo, você pode fazer parte de alguma delas.
Ah, e só pra não virem com o argumento clichê: "Mas nos Estados Unidos ninguém é obrigado a se alistar e eles têm o melhor Exército do mundo." - A visão que eles têm da guerra e das forças armadas é totalmente diferente da que nós temos, assim como o patriotismo deles é muito maior que o patriotismo de qualquer brasileiro. Eles vão porque desde pequenos são induzidos a se maravilharem pela guerra.
E para você talvez experimentar também, homens nascidos em 1992, esse é ano de vocês se alistarem. Procurem a Junta do Serviço Militar da sua cidade até 30 abril com os documentos necessários e aguarde sua designação.
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