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Banner do UFC 148 veiculado no site do Premiere Combate, detentor da exclusividade do evento ao vivo |
Aconteceu nessa madrugada o UFC 148, que teria como principal luta aquela que estava sendo chamada de "Luta do Século" (ano passado tivemos uma "luta do século também", capaz que ano que vem tenhamos outra) entre Anderson Silva e Chael Sonnen, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Uma luta antecedida por muitas provocações contra a família do lutador brasileiro e contra toda a nação brasileira - o que fez com que a luta se tornasse a "Luta do Século", pelo menos no ponto de vista do Brasil - em que o americano falou mal da gente até não poder mais (na verdade apenas usou esteriótipos que todos os stadunidenses têm do Brasil). Se você não acompanhou a polêmica da luta, veja um resumão dela neste link.
A luta foi vencida por Anderson Silva no 2º round por finalização (Pra mim o americano entregou a luta naquela desequilibrada que o levou ao chão). Para quem não viu a luta, veja-a no vídeo abaixo com a narração mais odiada do Brasil e as imagens de TV Globo.
Mas não entrar na questão da luta em si, os golpes, a técnica e todo resto, uma porque não é minha especialidade e outra porque ontem, na hora da luta - e durante a transmissão da Globo -, todo mundo já comentou-a nas redes sociais. E é justamente sobre essa transmissão da Globo e um "protesto" surgido nas redes sociais que vou falar.
Me digam, quando a Globo anunciou que a luta seria ao vivo? Totalmente pelo contrário, quem é de São Paulo e estava assistindo ao Globo Esporte sabia que a luta seria gravada, Tiago Leifert avisou. Para quem não viu, eis o aviso:
Não sei como funciona esse contrato, se é vitalício por X anos, ou temporadas, ou sei lá como se refere à um certo período de eventos de luta ou se é renovado a cada luta, mas, por um motivo ou outro, a luta de Júnior Cigano contra Cain Velasques, estréia do UFC na emissora carioca, foi nos Estados Unidos e ainda assim foi transmitido ao vivo na TV aberta brasileira. Já a luta de Cigano, dessa vez contra Frank Mir causou polêmica por ter sido anunciada como ao vivo e ter sido exibida em VT (Nesse caso sim nós, telespectadores, podemos nos revoltar e até processar a Globo, se quisermos, por propaganda enganosa). Agora, quanto a essa e as próximas daqui para frente, penso que não teremos mais razões para reclamar. Claro, é chato depender da TV aberta e ela não nos transmitir o que queremos ver em tempo real, mas a RedeTV! fazia a mesma coisa e ninguém nunca fez escarcéu nenhum por querer luta ao vivo.
E outro motivo óbvio para a luta ser exibida meia hora após seu término: Pay-per-view. Uma luta tão comentada, tão esperada, tão acirrada, tão tudo, com certeza venderá muito ppv, o que gera um lucro incalculável para Danna White e para a Globo.
Sim, para a Globo. O que às vezes nem todo mundo saiba é que os pay-per-views do UFC no Brasil, o chamado "Premiere Combate" pertence às Organizações Globo (assim como o Premiere Futebol Clube, que vende separadamente jogos dos Campeonatos Estaduais e Campeonato Brasileiro de futebol). Com isso, a Globo fatura milhões e bilhões vendendo evento de artes marciais mistas mais esperado do ano, tanto quanto não venderia se transmitisse a luta ao vivo. E além do lucro do ppv, ainda lucra outros milhões com os patrocínios da transmissão em TV aberta (e no próprio pay-per-view também tem propaganda).
Acho que esse último argumento prova definitivamente o porque do contrato com delay. Assim sendo, você não tem TV por assinatura (assim como eu) e quer luta ao vivo? Ou assine um pacote licenciado com a Globosat (Nãoos que igrejas evangélicas oferecem, já que canais Globosat não são sadios, além de imorais e impróprios pra família [na verdade é implicância porque a Globo não vende horário pra pastores]), ou torça para que o Brasil sedie um evento do UFC atrás do outro