Quadro de medalhas final Arte: toronto2015.org |
Sim, encerramos neste final de semana os Jogos Parapan-Americanos de Toronto de forma avassaladora! Peço desculpas antecipadas já por duas coisas, a primeira, pelo vídeo que abre esta postagem, pelo menos até seu fechamento, só poder ser visto através de link externo (só que ele é o que melhor ilustra isso tudo), e também por estar falando de algo que, ao contrário do esporte convencional, não tenho domínio quase nenhum, porém não poderia deixar de falar algo sobre.
O Brasil contou na competição com a maior delegação dentre todos os países, até maior do que a dos tão poderosos Estados Unidos ou do Canadá, país sede da competição. Claro que o número de atletas sugeriria um bom resultado, mas acho que nem os mais otimistas imaginariam mais que o dobro do número de ouros do segundo colocado, e que se somadas todas as cores de medalhas, quase 100 (cem) medalhas a mais que esse mesmo vice campeão (o quadro de medalhas final está anexado nesta postagem).
Mas o que me me deixou intrigado foi pensar no como um país tão pouco inclusivo como o Brasil, pode se destacar de tal maneira em uma prática exclusiva de deficientes? Durante a pesquisa prévia desse post (sim, eu não saio escrevendo nada aqui sem um devido preparo), uma matéria do iG me fez entender justamente que a falta de inclusão é o que nos torna uma potência! Por mais que hoje tenhamos políticas que obriguem as grandes empresas a terem uma porcentagem X de funcionários portadores de nescessidade, ainda assim, o número de deficientes físicos e psíquicos que não encontram um lugar na sociedade ainda é muito grande (segundo essa mesma reportagem, o Censo de 2010 aponta que 23,9% da população brasileira apresenta algum grau de deficiência). Nesse ambiente inóspito pra essas pessoas, quem muitas vezes é o único a abrir os braços? Pois enfim. Lembrando que a grande maioria desses atletas são bolsistas do Governo Federal, o que em um país que tanto nega oportunidades de emprego, é pra lá de um incentivo. Além do mais que, em casos de reabilitação, principalmente após acidentes, o tratamento muitas vezes vêm através da introdução no paradesporto, nesses casos, quando se gosta, "basta" manter e continuar treinando.
E acho que não existe exemplo maior de inclusão social através do esporte do que esse afinal, não? Bastava conseguir se fazer extender para a "vida real".
E se pros Jogos Olímpicos 10º lugar é uma meta absolutamente surreal, para as Paralimpíadas do ano que vem, 5º lugar dentro de casa pode até ser considerada uma meta modesta. De um sétimo lugar em Londres 2012, e uma delegação maior, melhor preparada e "investida" - desde 2012/2013 os gastos, públicos e privados, com treinamento e infraestrutura paradesportiva cresceram consideravelmente - em 2016, o que são subir duas posições, afinal?
O Brasil contou na competição com a maior delegação dentre todos os países, até maior do que a dos tão poderosos Estados Unidos ou do Canadá, país sede da competição. Claro que o número de atletas sugeriria um bom resultado, mas acho que nem os mais otimistas imaginariam mais que o dobro do número de ouros do segundo colocado, e que se somadas todas as cores de medalhas, quase 100 (cem) medalhas a mais que esse mesmo vice campeão (o quadro de medalhas final está anexado nesta postagem).
Mas o que me me deixou intrigado foi pensar no como um país tão pouco inclusivo como o Brasil, pode se destacar de tal maneira em uma prática exclusiva de deficientes? Durante a pesquisa prévia desse post (sim, eu não saio escrevendo nada aqui sem um devido preparo), uma matéria do iG me fez entender justamente que a falta de inclusão é o que nos torna uma potência! Por mais que hoje tenhamos políticas que obriguem as grandes empresas a terem uma porcentagem X de funcionários portadores de nescessidade, ainda assim, o número de deficientes físicos e psíquicos que não encontram um lugar na sociedade ainda é muito grande (segundo essa mesma reportagem, o Censo de 2010 aponta que 23,9% da população brasileira apresenta algum grau de deficiência). Nesse ambiente inóspito pra essas pessoas, quem muitas vezes é o único a abrir os braços? Pois enfim. Lembrando que a grande maioria desses atletas são bolsistas do Governo Federal, o que em um país que tanto nega oportunidades de emprego, é pra lá de um incentivo. Além do mais que, em casos de reabilitação, principalmente após acidentes, o tratamento muitas vezes vêm através da introdução no paradesporto, nesses casos, quando se gosta, "basta" manter e continuar treinando.
E acho que não existe exemplo maior de inclusão social através do esporte do que esse afinal, não? Bastava conseguir se fazer extender para a "vida real".
E se pros Jogos Olímpicos 10º lugar é uma meta absolutamente surreal, para as Paralimpíadas do ano que vem, 5º lugar dentro de casa pode até ser considerada uma meta modesta. De um sétimo lugar em Londres 2012, e uma delegação maior, melhor preparada e "investida" - desde 2012/2013 os gastos, públicos e privados, com treinamento e infraestrutura paradesportiva cresceram consideravelmente - em 2016, o que são subir duas posições, afinal?
Encerro a postagem com o "clipe final" do Parapan de Toronto, inspirador, humano, feito pelo próprio Comitê Paralímpico Brasileiro. Abaixo:
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