Eu sei que já faz umas duas semanas que estou sumido deste espaço, e que este assunto parece estar defasado. E realmente talvez esteja, mas eu já estava programando este tema para a "data certa" tem muito tempo, mas acabou acontecendo um monte de coisa aqui no mundo real e eu tive que tirar esse tempo pra resolver um pouco da minha vida. A "data certa", no caso, seria dia 23 do mês passado, quando o ouro do basquete brasileiro no Pan de Indianápolis fez seu aniversário de 30 anos. E eu me pergunto, o que aconteceu com o esporte da bola laranja no nosso país durante esse tempo todo?
Não é a primeira vez que venho aqui falar de basquete. Ainda esse ano, falei bastante de NBB (Novo Basquete Brasil), o campeonato brasileiro da modalidade. Nas matérias, elogiei o pioneirismo da liga em trazer os jogos para as redes sociais, na estratégia de fisgar cada vez mais novos aficionados, falei também da estrutura de algumas equipes, bastante bem equipados, dada a realidade local que conhecemos. E lendo apenas isso, a impressão que dá é que esse esporte está nadando de braçada por aqui, não? Mas a realidade não é essa. Temos sim uma liga muito bem organizada e clubes com uma administração de pôr inveja em muito time de futebol, por exemplo, mas isso é apenas uma parcela da realidade.
Qualquer pesquisa rápida no Google (ou em qualquer outro buscador de sua preferência) nos fará lembrar de nossos times e Seleções, que foram banidos ainda ano passado, ano das Olimpíadas no Rio de Janeiro, de todas as competições internacionais, devido a dívidas e a falta de compromisso apresentada pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB). A punição acabou sendo derrubada, mas isso apenas abriu as portas para mais um vexame do selecionado nacional, agora na Copa América, onde terminamos na triste sétima colocação, e com isso estamos fora dos Jogos Pan Americanos de Lima. No feminino, nossa última competição culminou com um quarto lugar na também Copa América, mas que não valeu nada para fins práticos. E não é por falta de talentos, pois poucas vezes na história tivemos tantos brasileiros "estrelados" jogando em alto nível, tanto no Brasil quanto também fora dele (ao menos para o masculino a afirmação é válida). E enquanto isso, nos débitos da Confederação, quanto mais prejuízo se procura, mais contas a pagar se encontram (talvez o NBB só dê certo mesmo por não ter vínculo direto com federação alguma).
Esses "aniversários redondos", como o da mega conquista do Brasil em 1987, que abre esta postagem, são ótimos para relembrarmos tempos áureos e encher o nosso peito de orgulho. Porém, são melhores ainda para fazermos um balanço, de onde estávamos e para onde fomos. A realidade não é a ideal, ainda mais quando na semana seguinte à "comemoração" desse título somos obrigados a ver, em todos os noticiários, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil sendo escoltado pela Polícia Federal. Não preciso nem dizer que não são tempos fáceis. E se o problema é a corrupção, sinto muito, mas não vamos nos livrar dela. Se dá para melhorar algo, eu não sei, mas sinceramente temo por outros esportes, como o vôlei, que a exemplo do basquete de décadas atrás, também nada de braçada no momento atual, e que infelizmente, conhecendo a realidade de nosso país, tem tudo para tomar o mesmo rumo do jogo da bola na cesta.
Não é a primeira vez que venho aqui falar de basquete. Ainda esse ano, falei bastante de NBB (Novo Basquete Brasil), o campeonato brasileiro da modalidade. Nas matérias, elogiei o pioneirismo da liga em trazer os jogos para as redes sociais, na estratégia de fisgar cada vez mais novos aficionados, falei também da estrutura de algumas equipes, bastante bem equipados, dada a realidade local que conhecemos. E lendo apenas isso, a impressão que dá é que esse esporte está nadando de braçada por aqui, não? Mas a realidade não é essa. Temos sim uma liga muito bem organizada e clubes com uma administração de pôr inveja em muito time de futebol, por exemplo, mas isso é apenas uma parcela da realidade.
Qualquer pesquisa rápida no Google (ou em qualquer outro buscador de sua preferência) nos fará lembrar de nossos times e Seleções, que foram banidos ainda ano passado, ano das Olimpíadas no Rio de Janeiro, de todas as competições internacionais, devido a dívidas e a falta de compromisso apresentada pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB). A punição acabou sendo derrubada, mas isso apenas abriu as portas para mais um vexame do selecionado nacional, agora na Copa América, onde terminamos na triste sétima colocação, e com isso estamos fora dos Jogos Pan Americanos de Lima. No feminino, nossa última competição culminou com um quarto lugar na também Copa América, mas que não valeu nada para fins práticos. E não é por falta de talentos, pois poucas vezes na história tivemos tantos brasileiros "estrelados" jogando em alto nível, tanto no Brasil quanto também fora dele (ao menos para o masculino a afirmação é válida). E enquanto isso, nos débitos da Confederação, quanto mais prejuízo se procura, mais contas a pagar se encontram (talvez o NBB só dê certo mesmo por não ter vínculo direto com federação alguma).
Esses "aniversários redondos", como o da mega conquista do Brasil em 1987, que abre esta postagem, são ótimos para relembrarmos tempos áureos e encher o nosso peito de orgulho. Porém, são melhores ainda para fazermos um balanço, de onde estávamos e para onde fomos. A realidade não é a ideal, ainda mais quando na semana seguinte à "comemoração" desse título somos obrigados a ver, em todos os noticiários, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil sendo escoltado pela Polícia Federal. Não preciso nem dizer que não são tempos fáceis. E se o problema é a corrupção, sinto muito, mas não vamos nos livrar dela. Se dá para melhorar algo, eu não sei, mas sinceramente temo por outros esportes, como o vôlei, que a exemplo do basquete de décadas atrás, também nada de braçada no momento atual, e que infelizmente, conhecendo a realidade de nosso país, tem tudo para tomar o mesmo rumo do jogo da bola na cesta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário