sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Eu também sou parte destes 300 anos

imagem: Portal A12

Ontem foi 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida. Ontem, difereciando-se um pouco dos demais dias da Padroeira, comemorou-se também o aniversário dos 300 anos do encontro da imagem no Rio Paraíba do Sul, em 1717. E há um ano que o Santuário Nacional de Aparecida e a Igreja do Brasil estava na expectativa desta data, com eventos, reflexões e até a concessão de indulgências. E eu, que também esperava pelo Jubileu, gostaria de deixar umas palavrinhas sobre esse dia tão especial. 
Antes de tudo, gostaria de já deixar avisado que não sou o cara daquelas fé lindas, que vemos na televisão ou presenciamos nas orações diárias de nossas mães e avós. Na verdade, minha história na Igreja Católica é até bastante recente, pois até meus treze, catorze anos, preferiria qualquer lugar aos templos religiosos. Depois disso me tornei quase que um "rato de igreja", até me chegar ao parâmetro que sigo agora, de cumprimento das obrigações litúrgicas e morais e quase que nada além disso. Não, não sou um exemplo a ser seguido, mas ainda me orgulho da minha luta diária pra não me deixar enfraquecer na fé. 
Já minha história com Aparecida talvez seja um pouco mais antiga. Desde muito pequeno que ia à "capital da fé" com minha família. A primeira vez deve ter sido com oito ou nove anos, quando não tinha sequer noção do que era uma romaria, tanto que me lembro muito pouco dessa e das próximas viagens. Sim, plural, pois nesse meu tempo de infância fomos uns dois ou três anos seguidos, quando o que mais me marcava era o caminho de volta, quase que um dia inteiro dentro do ônibus, vendo várias cidades pelo caminho. Depois disso, sabe-se lá Deus por que motivos, paramos com os passeios e voltamos já nos idos da minha adolescência, mais ou menos no começo da minha "vida religiosa" e desde então falhamos poucas vezes à essa "tradição". 
Não tenho histórias de milagres nem nunca chorei ao encontrar a imagem no seu nicho. Também tenho lá minhas críticas ao Santuário Nacional ao mesmo tempo que admiro seu "poder de marca" que extrapola as barreiras da religião. É inevitável, Aparecida, em todos os seus âmbitos, gera os mais diversos pensamentos e sentimentos, mas o que vale é saber o quanto sou, ainda que do meu jeito, eternamente grato à Mãezinha Aparecida por tudo que recebo - e que não é pouca coisa. As viagens à sua cidade, embora em muitos anos ache repetitiva e até meio chata, são praticamente a única oportunidade de um "rolê de família" que temos aqui em casa (além de ter sido onde eu aprendi a "viajar sozinho"). Sim, não viajamos muito, e quem me conhece também sabe que que não sou o cara mais família do mundo, mas saber que temos uma data que junta a nós quatro todo ano - ou quase todo ano - já acho que é mais do que motivo para agradecer dia e noite a Nossa Senhora Aparecida pela sua presença
Encerro este texto com meus vivas à Padroeira do Brasil, vivas aos seus 300 anos de glórias e histórias no nosso país e vivas, claro, a Nosso Senhor Jesus Cristo, sem o qual, nada disso sequer existiria. A tudo isso que falei, VIVA!



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