Andei lendo na internet que esse final de semana El Canal de Las Estrellas (podem ficar pasmados, não existe nenhum canal chamado "Televisa" no México) estrearia o já há tanto tempo anunciado desenho do Chapolin Colorado (trailler acima). Eu como fã das obras de Chespirito, logo corri atrás de poder assistir o capítulo. Vou deixar o episódio de estréia incorporada no fim deste texto para vocês poderem ver também. Está em Espanhol e não tem legenda, caso não tenham familiaridade com a língua, no começo pode ser um pouco complicado de acompanhar, mas não é muito difícil de entender não, basta um pouco de esforço e costume. Os diálogos, neste caso pelo menos, não são muito diferentes dos que já conhecemos. A trilha sonora e toda a parte auditiva da série também está seguindo a obra original, que ficou um pouco diferente quando chegou ao Brasil. O SBT está negociando a série - e vai consegui-la, não tenha dúvida (e espero que lance produtos dela para comprar) -, quando ela chegar aqui com certeza terá mais a nossa cara, mas enquanto não, o que temos pode nos ir treinando um segundo idioma e nos trazendo conhecimentos sobre adaptações de conteúdo por países.
Me surpreendi quando encontrei o episódio ao descobrir que já existem duas temporadas prontas do Chapolim já disponíveis em um serviço sob demanda (esses serviços que ainda vão acabar destruindo a televisão como conhecemos). O vídeo que postei abaixo contém uma faixa de texto que lhe dá o caminho para assinar esse serviço, caso o queira fazer - o que eu acho que não vai querer. Como já é de praxe e todos sabemos, versões piratas são facilmente encontradas na internet. Me baseei nelas para esta análise, que de início seria só do episódio de estréia.
Da mesma empresa produtora de El Chavo Animado, El Chapulín Colorado apresenta traços e técnicas de animação diferentes de seu "desenho irmão", e a primeira impressão que tive foi a de que seguiria seu mesmo rumo também, de uma animação muito bem feita esteticamente, mas que em seu conteúdo não oferecesse nada de mais. Conforme saí do primeiro episódio, vi que não, e que o desenho do Chapolin tem tudo para encantar muito mais do que seu antecessor. Provavelmente não por coincidência, a série do Polegar Vermelho surge em meio a um boom de produtos relacionados a super heróis, só por isso já não poderia ficar no básico, sendo apenas a série antiga. Nos são apresentados novos personagens fixos, como eu pude ver pelo "Professor" e seu núcleo, composto por um laboratório aparentemente secreto, dado à estética do cenário, onde trabalha com uma jovem que se declara sua neta. Ambos ajudam o Vermelhinho em suas missões, o que me faz pensar que talvez esse laboratório seja como uma "casa" do Chapolin sem uniforme, ou um quartel general do Chapolin herói. Independente disso, é daí que surgem peripécias tecnológicas, que nem sempre nosso herói consegue utilizar, mas que que põe a série junto à outras do ramo. De inédito, vemos também a vida social de Chapolin Colorado. O que ele faz enquanto não está ajudando alguém? Ele mantém uma identidade secreta em sua vida cotidiana? A resposta para esta segunda é não.
"Mas se ela é assim, tão diferente do original, por que eu vou assistir? Eu gosto de Chapolim, não quero novidade!" - Não aconselho ninguém a pensar assim - pelo menos sobre a segunda parte -, mas nesse caso é entendível. E esse público não ficou a mercê não, pois o desenho também nos trás Polegar Vermelho clássico em todos os seus detalhes. A personalidade meio de anti-herói, medroso, "miguezeiro" e mulherengo, ao mesmo tempo atrapalhado, carismático e sortudo, que faz com que, apesar de tudo, no fim as coisas sempre darem certo. A essência não mudou, é o mesmo personagem das boas intenções, que com seu jeito único, fez gerações o verem como um herói, o nosso herói latino americano, nosso inconfundível Chapolin Colorado!!!
A grande desvantagem mesmo é que não tem o Seu Madruga em todos os episódios, mas de resto...
Abaixo, o piloto da série:
Me surpreendi quando encontrei o episódio ao descobrir que já existem duas temporadas prontas do Chapolim já disponíveis em um serviço sob demanda (esses serviços que ainda vão acabar destruindo a televisão como conhecemos). O vídeo que postei abaixo contém uma faixa de texto que lhe dá o caminho para assinar esse serviço, caso o queira fazer - o que eu acho que não vai querer. Como já é de praxe e todos sabemos, versões piratas são facilmente encontradas na internet. Me baseei nelas para esta análise, que de início seria só do episódio de estréia.
Da mesma empresa produtora de El Chavo Animado, El Chapulín Colorado apresenta traços e técnicas de animação diferentes de seu "desenho irmão", e a primeira impressão que tive foi a de que seguiria seu mesmo rumo também, de uma animação muito bem feita esteticamente, mas que em seu conteúdo não oferecesse nada de mais. Conforme saí do primeiro episódio, vi que não, e que o desenho do Chapolin tem tudo para encantar muito mais do que seu antecessor. Provavelmente não por coincidência, a série do Polegar Vermelho surge em meio a um boom de produtos relacionados a super heróis, só por isso já não poderia ficar no básico, sendo apenas a série antiga. Nos são apresentados novos personagens fixos, como eu pude ver pelo "Professor" e seu núcleo, composto por um laboratório aparentemente secreto, dado à estética do cenário, onde trabalha com uma jovem que se declara sua neta. Ambos ajudam o Vermelhinho em suas missões, o que me faz pensar que talvez esse laboratório seja como uma "casa" do Chapolin sem uniforme, ou um quartel general do Chapolin herói. Independente disso, é daí que surgem peripécias tecnológicas, que nem sempre nosso herói consegue utilizar, mas que que põe a série junto à outras do ramo. De inédito, vemos também a vida social de Chapolin Colorado. O que ele faz enquanto não está ajudando alguém? Ele mantém uma identidade secreta em sua vida cotidiana? A resposta para esta segunda é não.
"Mas se ela é assim, tão diferente do original, por que eu vou assistir? Eu gosto de Chapolim, não quero novidade!" - Não aconselho ninguém a pensar assim - pelo menos sobre a segunda parte -, mas nesse caso é entendível. E esse público não ficou a mercê não, pois o desenho também nos trás Polegar Vermelho clássico em todos os seus detalhes. A personalidade meio de anti-herói, medroso, "miguezeiro" e mulherengo, ao mesmo tempo atrapalhado, carismático e sortudo, que faz com que, apesar de tudo, no fim as coisas sempre darem certo. A essência não mudou, é o mesmo personagem das boas intenções, que com seu jeito único, fez gerações o verem como um herói, o nosso herói latino americano, nosso inconfundível Chapolin Colorado!!!
A grande desvantagem mesmo é que não tem o Seu Madruga em todos os episódios, mas de resto...
Abaixo, o piloto da série:
A história do capítulo acima é claramente uma referência à este episódio em live action (com gente de verdade):
Que como não é de se estranhar, ganhou um ou mais remakes no decorrer do tempo:
Sim, terão remakes animados também. Do pouco que assisti, cheguei à conclusão que sim, terão. Chespirito é feito de remakes, afinal, não? Mas nesse caso, eles são bons, pois nos situam sobre o trabalho original que inspirou essa "homenagem", e até o apresenta para as novas gerações que talvez não tiveram a chance de conhecê-lo (não estou falando só de Brasil e/ou México nesse caso). Mas ainda nesse saudosismo, agradecemos não terem abusado de sua nobreza fazendo-o ser em 2015 um super-herói (me permitam chamá-lo assim) de 1970.
Como se pode ver, esse desenho, ao contrário
de seu antecessor, El Chavo Animado, promete nos trazer grandes novidades, ainda que sem perder
o "classissismo" de nos trazer de volta o que crescemos vendo. A
animação do Chaves passou a ganhar cara própria apenas após um certo tempo, quando finalmente começou a contar com enredos dignos de desenho animado, feitos pensando principalmente no público infantil, para o qual de fato o desenho é voltado. Chapolim já nos trás
essa dinâmica de desenho logo de cara, com a diferença de parecer uma produção que não se contentará em ser apenas uma animação para crianças. Provavelmente este pegou o embalo daquele desenho, que demorou
mais tempo para conseguir abraçar os dois públicos, e usou de de sua receita de
fisgar os pais pela nostalgia, e os filhos pela fantasia. A nós, público da
velha guarda (se é que Chaves e Chapolin tem isso aqui no Brasil), não sobrará
muito tempo para ficar lamuriando que pegamos a melhor era dessas obras, cada
uma tem vida própria, afinal.
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