Após um valor muito alto de negociação pelos direitos de transmissão de dois amistosos da Seleção Brasileira - o de hoje cedo, contra o Austrália (abaixo), e o de sexta passada, contra a Argentina (acima) -, CBF e Globo não conseguiram entrar em acordo e a emissora carioca, pela primeira vez em um punhado de anos, acabou não exibindo as partidas do escrete nacional. Um escândalo. O mesmo pacote foi posteriormente oferecido a outros grupos, quase ninguém se interessou e os jogos, por fim, foram mostrados pelo portal de internet UOL e as televisões públicas (ou mais ou menos públicas) TV Brasil e TV Cultura, através de horários adquiridos pela confederação futebolística em suas grades. O Facebook da CBF também transmitiu as partidas, e todos os meios de comunicação que o acompanharam seguiram a mesma narração e usaram dos mesmos efeitos gráficos, tudo devidamente fornecido pela mandatária máxima do futebol no país. E esse é o resumo dos acontecimentos que abalaram os bastidores da TV e do esporte nesses últimos dias.
Diante disso tudo, o título da reportagem expressa bem a principal questão que os amistosos levantaram: vai dar pra continuar reclamando de monopólio da Globo nos jogos da Seleção? Se os jogos foram oferecido para todos os canais de TV, inclusive para a maior crítica de Globo e CBF, e ninguém quis, também ninguém pode fazer alvoroço. E isso serve para você, leitor, que muitas vezes adora essa falaciosidade. Tudo bem, concordo que pode ter havido um certo exagero de preço, e até uma inflexibilidade por parte da dona das partidas (partidas, que desculpa, também não ajudavam em nada, mesmo uma delas sendo um Brasil x Argentina - às sete horas da manhã), mas não se pode dizer que não houve ao menos uma tentativa de "democracia". E dentro da democracia, claro, você tem todo o direito de não aceitar o que lhe é proposto. E lembrando, o "Jogo da Amizade", realizado em janeiro, no Nilton Santos, também seguiu esse novo modelo de distribuição da CBF, e quase todo mundo o aceitou. Mas naquele dia foi de graça (e o horário era bom, além do jogo ter sido de largo apelo popular). Um teste mercadológico se disfarçou de solidariedade, todos puderam sentir o gostinho de ter o Brasil em sua programação e independentemente de terem gostado ou não, os resultados se mostraram até que satisfatórios.
Contextualizando, isso tudo só aconteceu, nesses últimos quinze dias e no começo do ano, porque o contrato da Confederação com o Grupo Globo para amistosos já estava expirado. Desde o ano passado. Nada impede que após o "fracasso" desses últimos jogos a CBF não cogite novamente entregar as partidas em pacote fechado e por um longo período à sua parceira de décadas, mas enquanto isso não acontece (é só uma hipótese, afinal), vejo como positiva a iniciativa de Marco Polo Del Nero e CIA - CIA não, que CIA leva ele preso. Talvez não seja o modelo mais rentável economicamente (eu também acho que vender o pacote por X anos é mais benéfico a todos), mas atende à uma demanda popular já bastante antiga. Havia monopólio, isso é inegável. Na TV aberta e na TV fechada. E pra muita coisa ele ainda existe, mas abrir uma brecha para novos interessados, nem que só nesses jogos que não valem nada, eu particularmente considero um baita avanço (apesar de ter a certeza que na verdade isso nada mais é do que um "já que só sobrou isso pra gente fazer...").
Diante disso tudo, o título da reportagem expressa bem a principal questão que os amistosos levantaram: vai dar pra continuar reclamando de monopólio da Globo nos jogos da Seleção? Se os jogos foram oferecido para todos os canais de TV, inclusive para a maior crítica de Globo e CBF, e ninguém quis, também ninguém pode fazer alvoroço. E isso serve para você, leitor, que muitas vezes adora essa falaciosidade. Tudo bem, concordo que pode ter havido um certo exagero de preço, e até uma inflexibilidade por parte da dona das partidas (partidas, que desculpa, também não ajudavam em nada, mesmo uma delas sendo um Brasil x Argentina - às sete horas da manhã), mas não se pode dizer que não houve ao menos uma tentativa de "democracia". E dentro da democracia, claro, você tem todo o direito de não aceitar o que lhe é proposto. E lembrando, o "Jogo da Amizade", realizado em janeiro, no Nilton Santos, também seguiu esse novo modelo de distribuição da CBF, e quase todo mundo o aceitou. Mas naquele dia foi de graça (e o horário era bom, além do jogo ter sido de largo apelo popular). Um teste mercadológico se disfarçou de solidariedade, todos puderam sentir o gostinho de ter o Brasil em sua programação e independentemente de terem gostado ou não, os resultados se mostraram até que satisfatórios.
Contextualizando, isso tudo só aconteceu, nesses últimos quinze dias e no começo do ano, porque o contrato da Confederação com o Grupo Globo para amistosos já estava expirado. Desde o ano passado. Nada impede que após o "fracasso" desses últimos jogos a CBF não cogite novamente entregar as partidas em pacote fechado e por um longo período à sua parceira de décadas, mas enquanto isso não acontece (é só uma hipótese, afinal), vejo como positiva a iniciativa de Marco Polo Del Nero e CIA - CIA não, que CIA leva ele preso. Talvez não seja o modelo mais rentável economicamente (eu também acho que vender o pacote por X anos é mais benéfico a todos), mas atende à uma demanda popular já bastante antiga. Havia monopólio, isso é inegável. Na TV aberta e na TV fechada. E pra muita coisa ele ainda existe, mas abrir uma brecha para novos interessados, nem que só nesses jogos que não valem nada, eu particularmente considero um baita avanço (apesar de ter a certeza que na verdade isso nada mais é do que um "já que só sobrou isso pra gente fazer...").
Nenhum comentário:
Postar um comentário